Às vezes dou por mim a olhar para as coisas que me rodeiam e a pensar nas vidas que terão tido antes de terem chegado a minha casa. Acontece-vos o mesmo? A verdade é que a vida é efémera e os objectos costumam viver mais tempo do que as pessoas (se alguma vez tiverem passado pela experiência de desfazer a casa de alguém que tenha morrido saberão bem aquilo a que me refiro). Talvez tenhamos herdado coisas dos nossos pais ou avós, ou talvez tenhamos comprado objectos deixados neste mundo por pessoas desconhecidas. Acredito que as coisas não são apenas coisas. Os objectos encerram em si muitos significados (bons e maus… se forem maus, por favor livrem-se deles rapidamente). Vivemos as nossas vidas rodeados de bens materiais e, na minha opinião, há que dar-lhes importância. É fundamental fazer escolhas conscientes, seleccionar peças bonitas, práticas (no sentido em que elas devem estar ao nosso serviço, e não o contrário) e, já agora, que nos contem uma história interessante.
Estou tão feliz ( sim , porque felicidade para mim são momentos que me fazem vribrar a alma ) e este momento de leitura deixou-me assim . Ainda não li a publicação passada , que seria a minha primeira leitura desde que aqui cheguei , lá irei .
Identifiquei-me imenso com esta tua newsletter. Porque eu cresci a brincar com os "tesouros" encerrados num baú pertencentes à minha avó, que tinha falecido poucos meses antes de eu nascer. Eu achava as peças do trem de cozinha e alguns elementos decorativos que a minha mãe guardou (já era hábito guardar as peças boas num baú) porque tudo aquilo me parecia mágico e precioso. O serviço de jantar que tenho em casa e uso quando recebo amigos era do enxoval da minha mãe e ela nunca o usou, tal como sucedeu com o faqueiro. Quem o tem usado sou eu, apesar de pertencer ao enxoval dela. Uso-o na mesma lógica que mencionas, o que é bom é para ser usado, e sempre que o ponho na mesa lembro-me dela e de como ela nunca desfrutou dele.
E eu pergunto-me muito por onde é que certas coisas andaram, por onde passaram, quem as comprou pela primeira vez. E aí vem-me à memória um relógio de parede que era da minha avó e que tinha ainda a etiqueta original e a data de fabrico de 1910 numa fábrica de uns qualquer coisa Brothers, de Nova Iorque. E que eu adoraria exibir em minha casa, mas o meu tio exigiu-o como herança.
por sorte pude ficar com a máquina de costura Singer a pedal, que julgava eu seria de 1947, porque era essa a inscrição na cobertura junto às iniciais da minha avó. Mas vim a saber depois que essa terá sido a data em que ela a comprou em segunda mão, porque segundo o número de série no site da Singer, a data de fabrico é 1903.
Também eu me questiono o virá a ser de certos pertences meus, quando eu me for.
Gosto de objectos, móveis e tecidos com história. O meu marido e filhos brincavam comigo sobre o assunto e foram aceitando este meu sentir, hoje já mudaram o seu olhar sobre as histórias passadas. Fiz uma pesquisa exaustiva sobre as minhas origens , nem tudo foi bonito e e tenho objectos que representam pessoas menos “simpáticas”, contudo os objectos valem por si e não refletem o que os seus donos fizeram.
Ah! Constança, as atividades diárias, as rotinas....eu também sinto que essas chatices me tiram tempo que poderia estar com meus projetos! Meus bordados, meus DIY, meus cursos. Porém, vamos em frente tentando conciliar tudo isso e a cabeça fervilhando de idéias.
Gostei muito, imenso até. Parece-me ter hsvido uma evolução, um progredir esta semana. Serão as morning pages a fazer o seu efeito. Seja o qye for, continua, por favor, a fazer entrar coisas bonitas pela minha caixa de correio dentro. Obrigada.
Olá!
Estou tão feliz ( sim , porque felicidade para mim são momentos que me fazem vribrar a alma ) e este momento de leitura deixou-me assim . Ainda não li a publicação passada , que seria a minha primeira leitura desde que aqui cheguei , lá irei .
Gosto muito do que demostra ser. Obrigada
Olá Constança,
Identifiquei-me imenso com esta tua newsletter. Porque eu cresci a brincar com os "tesouros" encerrados num baú pertencentes à minha avó, que tinha falecido poucos meses antes de eu nascer. Eu achava as peças do trem de cozinha e alguns elementos decorativos que a minha mãe guardou (já era hábito guardar as peças boas num baú) porque tudo aquilo me parecia mágico e precioso. O serviço de jantar que tenho em casa e uso quando recebo amigos era do enxoval da minha mãe e ela nunca o usou, tal como sucedeu com o faqueiro. Quem o tem usado sou eu, apesar de pertencer ao enxoval dela. Uso-o na mesma lógica que mencionas, o que é bom é para ser usado, e sempre que o ponho na mesa lembro-me dela e de como ela nunca desfrutou dele.
E eu pergunto-me muito por onde é que certas coisas andaram, por onde passaram, quem as comprou pela primeira vez. E aí vem-me à memória um relógio de parede que era da minha avó e que tinha ainda a etiqueta original e a data de fabrico de 1910 numa fábrica de uns qualquer coisa Brothers, de Nova Iorque. E que eu adoraria exibir em minha casa, mas o meu tio exigiu-o como herança.
por sorte pude ficar com a máquina de costura Singer a pedal, que julgava eu seria de 1947, porque era essa a inscrição na cobertura junto às iniciais da minha avó. Mas vim a saber depois que essa terá sido a data em que ela a comprou em segunda mão, porque segundo o número de série no site da Singer, a data de fabrico é 1903.
Também eu me questiono o virá a ser de certos pertences meus, quando eu me for.
beijinhos
Gostei muito. Adoro os abat-jours de tecido!
The shades are looking fab.
Love the stripes and the contrasting angles at top and bottom of the binding.
Gosto muito da sua foto e do texto associado.
Gosto de objectos, móveis e tecidos com história. O meu marido e filhos brincavam comigo sobre o assunto e foram aceitando este meu sentir, hoje já mudaram o seu olhar sobre as histórias passadas. Fiz uma pesquisa exaustiva sobre as minhas origens , nem tudo foi bonito e e tenho objectos que representam pessoas menos “simpáticas”, contudo os objectos valem por si e não refletem o que os seus donos fizeram.
Beijinhos
Ah! Constança, as atividades diárias, as rotinas....eu também sinto que essas chatices me tiram tempo que poderia estar com meus projetos! Meus bordados, meus DIY, meus cursos. Porém, vamos em frente tentando conciliar tudo isso e a cabeça fervilhando de idéias.
Beijinhos
Gostei muito, imenso até. Parece-me ter hsvido uma evolução, um progredir esta semana. Serão as morning pages a fazer o seu efeito. Seja o qye for, continua, por favor, a fazer entrar coisas bonitas pela minha caixa de correio dentro. Obrigada.